quinta-feira, dezembro 04, 2025

Vinte anos Gratuitos na Plataforma Blogger - 2005 a 2025

 


João Cruzué

Não posso deixar de agradecer formalmente ao Google pelos 20 anos (2005 - 2025) que tem disponibilizado gratuitamente a plataforma blogspot.com. Falo em meu nome e em nome de todos os colegas evangélicos que criaram seus blogs a partir daquela época, para a publicação de posts de assuntos cristãos.

Aproveito para dizer que somos agradecidos por esta incrível ferramenta  que o Google ainda mantém gratuita. O tempo de criar blogs e escrever sobre as coisas maravilhosas que Deus tem feito em nossos vidas.

Eu comecei a escrever em 2004, para comunicar aos meus poucos leitores, naquela época, sobre as grandes coisas que Deus tem feito em minha vida. Hoje, depois desses 20 anos, ao menos 5 milhões de leituras foram feitas em meus blogs, principalmente no www.olharcristao.blogspot.com  e no www.cursobiblico.blogspot.com.

Ainda é tempo de começar. Os blogs ainda estão aqui. Aproveite, a criação de um blog e as publicações no www.blogger.com ainda são de graça. Isto acontece porque o Google  banca os custos. 

Quanto mais blogueiros escreverem, principalmente boas coisas, notícias bem apuradas, assuntos de utilidade pública, mais tempo esta gratuidade terá. A qualidade da sua publicação vem com esforço, dedicação e com tempo. 

Eu sempre cri que Blogs são as oficinas dos futuros escritores mais lidos do Brasil. Que a maioria deles sejam cristãos. Vi muitos colegas que começaram na UBE em 2007 publicando seus livros. Estive Pessoalmente em 31/03/2015, na Livraria Cultura, Conjunto Nacional, da Avenida Paulista,  para o lançamento de um livro do irmão Rubens Teixeira da Silva, pela Editora Sextante. 








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quarta-feira, dezembro 03, 2025

O Encontro de Jesus com a Mulher Siro-Fenícia

 

Jesus e a Mulher Siro-Fenícia

João Cruzué

O encontro de Jesus com a mulher siro-fenícia revela um dos momentos mais enigmáticos e, ao mesmo tempo, mais abençoado do Evangelho. Jesus havia se retirado para a região de Tiro e Sidom — território gentio — em uma espécie de recolhimento. Ali, onde jamais se pensaria em uma intervenção divina, eis que surge uma mulher estrangeira, descrita por Marcos como “grega, siro-fenícia de origem”.  Aos olhos dos judeus, ela representava tudo de desprezível. Não tinha direito à promessa, etnia gentia, religião errada, território errado. Mesmo assim, ela veio. Seu pedido não era para si, mas para sua filha endemoninhada, revelando uma fé que nasce da dor, mas também da esperança.

O primeiro silêncio de Jesus, relatado por Mateus, não era rejeição, mas provocação pedagógica. Jesus, ao dizer que veio “apenas às ovelhas perdidas da casa de Israel”, expôs um limite que a própria missão messiânica ultrapassaria mais tarde. A mulher, contudo, não recuou; e continuou firme. Avançou. Prostrou-se. Adorou. Insistiu. E quando Jesus utilizou a dura expressão — “Não é bom tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” — Ele não a humilha, mas revela a tensão histórica entre judeus e gentios. A resposta dela, entretanto, se torna uma das declarações de fé mais extraordinárias das Escrituras: “Sim, Senhor; mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.”

Ali, a barreira entre a promessa e o estrangeiro caiu por terra.

A fé da mulher siro-fenícia não exigiu privilégios; ela apenas reconheceu que uma migalha da graça de Cristo é suficiente para alterar toda a realidade. Sua confiança desarmou qualquer limite cultural, religioso ou étnico. Ela não disputou a primazia de Israel, mas discerniu que a misericórdia de Deus é tão abundante que transborda mesas, templos e fronteiras. O que poucos em Israel perceberam, ela enxergou: Jesus era, é e será suficiente.  Melhor: Jesus é mais do que suficiente.

O milagre que se seguiu — a libertação imediata de sua filha — foi a assinatura divina sobre uma fé que ultrapassou séculos de separação. O Reino de Deus avançou, chegando primeiro justamente a quem estava mais distante. Esse encontro, portanto, não é casual; ele antecipa a inclusão dos gentios, confirma que a fé é a chave que abre portas e demonstra que nenhum limite humano consegue aprisionar a misericórdia divina. Cristo não mudou Sua vontade; Ele revelou progressivamente seu alcance.

A história da mulher siro-fenícia nos desafia ainda hoje.

Quantas vezes aceitamos limites que Deus não colocou? Quantas vezes desistimos ao primeiro silêncio? A fé dessa mulher nos ensina a insistir, a permanecer, a adorar mesmo quando não entendemos, e a reconhecer que mesmo quando tudo parece fechado, há migalhas do Reino caindo — e nelas há poder suficiente para transformar vidas inteiras. Assim como aquela mulher, somos convidados a ultrapassar barreiras e a descobrir que a graça de Cristo é maior do que qualquer rótulo, distância ou impossibilidade.


Humilhai-vos, portanto, 

sob a poderosa mão de Deus, 

para que ele, 

em tempo oportuno, vos exalte;

(I Pedro 5:6)